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Pesquisa CNT de Rodovias 2021

No ano em que o país registra o mais baixo investimento do governo federal em infraestrutura de transportes nas últimas duas décadas, a CNT investiu em novas tecnologias e avaliou 109.103 quilômetros de rodovias pavimentadas federais e estaduais.


Agência CNT


No ano em que o país registra o mais baixo investimento do governo federal em infraestrutura de transportes nas últimas duas décadas, a CNT investiu em novas tecnologias e avaliou 109.103 quilômetros de rodovias pavimentadas federais e estaduais. Esse levantamento constatou que o Estado Geral de 61,8% da malha rodoviária brasileira encontra-se classificada como Regular, Ruim ou Péssimo. Desse percentual, 91% são de rodovias públicas. Os resultados fazem parte da 24ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada pela Confederação Nacional do Transporte e pelo SEST SENAT no dia 02/12.

Na comparação com a edição anterior da Pesquisa, chama a atenção o percentual de trechos sob gestão pública. O Estado Geral na classificação Ótimo e Bom caiu de 32,5%, em 2019, para 28,2%, em 2021. O mesmo ocorre na classificação negativa: a extensão avaliada como Regular, Ruim e Péssimo aumentou de 67,5%, em 2019, para 71,8% em 2021, ou seja, são mais 2.773 km de rodovias que estão em condições insatisfatórias de circulação. A condição de sinalização é outro agravante. Nesse quesito, os problemas nas rodovias públicas aumentaram 12,1 pontos percentuais nos últimos dois anos e passaram de 56,4% para 68,5%.

Rodovias federais públicas apresentam queda de qualidade. Após anos de investimentos bem-sucedidos feitos pelo governo federal por meio do programa BR-Legal, sua efetividade parece ter chegado ao fim, uma vez que a qualidade da Sinalização das rodovias mantidas pela União em 2021 (64,7% da extensão com problemas) voltou ao mesmo nível de 2014 (63,1% com problemas), quando do início do programa.

Concessão – Em situação relativamente estável estão as rodovias pavimentadas sob concessão da iniciativa privada. O Estado Geral da malha rodoviária concedida em 2021 se manteve praticamente como em 2019.

SÍNTESE DOS RESULTADOS DA PESQUISA CNT DE RODOVIAS 2021 EM MINAS GERAIS

Em 2021, foram analisados 15.259 km em Minas Gerais, que representa 14,0% do total pesquisado no Brasil.

  1. Estado Geral: 69,9% da malha rodoviária pavimentada avaliada do estado apresentam algum tipo de problema, sendo consideradas regulares, ruins ou péssimas; e 30,1% da malha são consideradas ótimas ou boas.

  2. Pavimento: 61,3% da extensão da malha rodoviária do estado avaliada apresentam problemas; 38,7% estão em condição satisfatória.

  3. Sinalização: 60,4% da extensão da malha rodoviária da região são consideradas regulares, ruins ou péssimas; 39,6%, ótimas ou boas; 2,4% da extensão está sem faixa central e 8,1% não têm faixas laterais.

  4. Geometria da via (traçado): 75,2% da extensão da malha rodoviária do estado apresentam algum tipo de problema e 24,8% estão ótimas ou boas. As pistas simples predominam em 88,7%. Falta acostamento em 53,6% dos trechos avaliados e 63,6% dos trechos com curvas perigosas não têm sinalização.

  5. Pontos críticos: a pesquisa identifica 95 no estado (45 trechos com buracos maior que um pneu).

  6. Custo operacional: as condições do pavimento no estado geram um aumento de custo operacional do transporte de 37,2%. Isso reflete na competitividade do Brasil e no preço dos produtos.

  7. Investimentos necessários: para recuperar as rodovias em Minas Gerais, com ações emergenciais, de manutenção e de reconstrução, são necessários R$ 11,6 bilhões.

  8. Meio ambiente: em 2021, estima-se que haverá um consumo desnecessário de 157,0 milhões de litros de diesel devido à má qualidade do pavimento da malha rodoviária no estado. Esse desperdício custará R$ 691,65 milhões aos transportadores.

CONFIRA TODAS AS INFORMAÇÕES DA 24ª PESQUISA CNT DE RODOVIAS

Fonte: CNT


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